"Morrer todos os dias um pouco, sem dares por isso, indolor.
Perdes um pouco de ti, definhando, mas não sofres pois a ignorância é mais forte, controla mais além do sofrimento permanente que é viver.
A realidade está aí, em cada 'heartbeat' estás mais próximo do teu final, aquele que, provavelmente, silenciará a dor suprema e te fará, simplesmente, humano, perecível no tempo que percorres.
E, nesta existência, insistes em ludibriar teus passos, convencendo-te que poderás escapar àquilo que é teu destino final. Quantas vezes és incapaz de perceber que estás, aí, sentado, morrendo cada dia um pouco mais, porque viver é isso, perder sempre um pouco para conquistar um pouco mais, outra vez, um pouco mais.
Uma célula que se rende, uma nova que (re)nasce. Porque, assim, serás eterno, a cada instante, conquistas um pouco da tua própria eternidade, enquanto durar.
Não sofras, pela consciência de que morres um pouco todos os dias, porque o renascer está aí, a cada respirar, e a dor desvanecesse na luz de mais um dia, no aconchego de mais uma noite, na certeza de que nesta vida somos mais do que uma metamorfose constante.
Morrer todos os dias é acordar sabendo que vamos mudar, e lutar para que a mudança nos torne mais constantes, mais verdadeiros, mais únicos, mais humanos, mais nós."
excerto...
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